Versão para os quadrinhos de um dos mais famosos poemas indianistas do romantismo brasileiro: I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias. Publicado em 1851, o poema apresenta em 10 cantos a história do grande guerreiro tupi I-Juca Pirama e o drama de sua captura pela tribo dos índios timbiras. I-Juca Pirama - cujo nome significa, em tupi, "aquele que há de ser morto" -, ao cumprir a exigência de entoar seu canto de morte antes de ser sacrificado e devorado pelos inimigos, pede que o deixem viver para cuidar do pai doente. Seu pedido é interpretado como covardia e ele é solto, e a partir daí a história se desenrola até que ele possa provar sua coragem e recuperar a sua honra. Laerte Silvino esmerou-se na escolha de cores, texturas e atmosferas para compor suas imagens, e contou com a contribuição de Maurício Soares Filho na elaboração do roteiro, que certamente aproximará as novas gerações dessa história romântica que expressa um rígido código de ética de um povo.