Se a vida fosse um advérbio, ela seria quiçá. Cheia de possíveis, plena de incertezas. Planos, sonhos, amanhãs inventados. Quem sabe o que será? Amanhã ou na próxima página? Nesse livro ilustrado, que é um espanto, mas também um convite para a imaginação, o leitor caminha, junto com as personagens, entre a incerteza e a ilusão do controle, a possibilidade de se lançar e o recuo, a vontade de se agarrar ao conhecido e o convite ao completamente novo. Abrir ou fechar? As Personagens são, elas mesmas, enigmas. São pessoas, são formas? Podem ser bichos? Dois seres-formas que dialogam, se encontram e se afastam, e se provocam, nos provocando também: o que há logo ali, nesse imenso quiçá?